quarta-feira, 12 de maio de 2010

Brasil exporta o motor e importa Fiesta pronto

De Cuautitlán, México
12/05/2010

O novo Fiesta, que a Ford começa a vender nos Estados Unidos e México nos próximos dias, será exportado para o Brasil no fim deste ano. O modelo deverá disputar um segmento de mercado ocupado atualmente por Honda City, que custa em torno de R$ 58 mil. No México, o veículo foi apresentado ontem com preços equivalentes a US$ 15 mil a US$ 19 mil.

Esse carro tem motor fabricado em Taubaté (SP), resultado de recente desenvolvimento da Ford em nova tecnologia. Mas o veículo será produzido somente no México. Isso significa que o motor sairá do Brasil para depois retornar ao país com o carro. Trata-se de uma estratégia da Ford para aproveitar os incentivos do acordo de intercâmbio comercial entre os dois países, conta Jim Farley, vice-presidente mundial de marketing.

Os mexicanos estão contentes com a escolha da Ford. A montadora americana investiu US$ 1 bilhão para reativar uma fábrica que havia sido fechada há dois anos em Cuautitlán, na região metropolitana da Cidade do México. O novo investimento abriu cerca de 2 mil postos de trabalho diretos (4 mil indiretos) em um país que tenta encontrar formas de reduzir a dependência de sua economia das exportações para os Estados Unidos.

Tanto mexicanos como brasileiros vão conviver com dois modelos Fiesta. O que é produzido hoje na fábrica de Camaçari, na Bahia, continuará sendo vendido no Brasil e exportado para o México. O Novo Fiesta se encaixa em uma faixa de preços mais elevada.

Já para nos Estados Unidos, o Novo Fiesta situa-se no segmento considerado compacto. A Ford ainda não tem cálculos exatos de demanda, já que o seu maior desafio é começar a vender no seu país de origem um veículo muito menor do que oferecia até agora.

De qualquer forma, a renovação de modelos vem dando resultados. No primeiro trimestre a montadora registrou lucro de US$ 1,2 bilhão na América do Norte, ante um prejuízo de US$ 665 milhões no mesmo período de 2009. A participação da marca subiu 2,7 pontos percentuais, a maior elevação desde 1978. (MO)

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