quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ernst Young Terco anunciam fusão

Após fusão com Terco, empresa passa KPMG

Francine De Lorenzo e Fernando Torres, de São Paulo
Valor Econômico
04/08/2010
Anna Carolina Negri/Valor

Jorge Menegassi, da Ernst & Young: interesse nas pequenas e médias
A Ernst & Young e a Terco anunciaram ontem a fusão de suas operações. A empresa resultante, chamada de Ernst & Young Terco, passa a ser a terceira maior do segmento de auditoria e consultoria no Brasil em termos de receita, ficando à frente da KPMG, mas ainda atrás da PricewaterhouseCoopers e da Deloitte .

No último exercício, a Terco divulgou faturamento de R$ 113 milhões, enquanto a E&Y deve ter registrado receita próxima de R$ 480 milhões, tendo em conta elevação de 14% ante 2008.

"Vimos na Terco a chance de incrementar nossos negócios de pequenas e médias empresas", disse Jorge Menegassi, presidente da E&Y Brasil e que será o executivo-chefe da nova companhia, que terá 3,4 mil clientes e 3,5 mil colaboradores.

Com o novo acordo, a Terco, que já foi parceira da MRI, da BDO e da CPA, deixa também a Grant Thornton, sexta no ranking mundial. "Chegamos a um ponto em que precisávamos de um parceiro maior e mais forte, com uma estrutura internacional mais atuante", afirmou Mauro Terepins, presidente da Terco, que ocupará a vice-presidência de mercado da nova empresa.

Em nota, a Grant Thornton disse não ter recebido nenhuma informação prévia sobre a intenção da Terco em romper a parceria. "Não temos informações adicionais a respeito da natureza da aquisição e dos valores a serem pagos aos sócios", disse a firma.

Ao divulgar o negócio, as empresas destacaram o fato de que vão assumir a segunda posição no ranking da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por número de clientes entre as 532 companhias abertas do país.

Com base nos dados de dezembro, os 30 clientes da Terco se somam aos 64 da E&Y, no total de 94 companhias abertas. O número só fica atrás dos 99 clientes da KPMG, que assumiu a liderança pela primeira vez no fim de 2009. Assim, as duas menores entre as "Big Four" do mundo assumem as melhores posições no ranking da CVM. A Deloitte fechou o ano com 93 companhias abertas clientes, enquanto a PwC tinha 58 e a BDO, 54.

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